sexta-feira, 30 de julho de 2010
Os bugrinhos
quinta-feira, 29 de julho de 2010
A Viagem
Quando apareceu a placa de "São José, Entrada a 1km" que tudo aconteceu. Meu dodgão deu uma guinada para a direita e entrou no acostamento, só não caindo numa pirambeira porque íamos devagarzinho. Tinha estourado o pneu dianteiro direito. Cheguei até a pensar que ainda bem que estávamos de dupla e não estava a 140. Dei sinal com a luz conforme combinado: duas vezes alto, baixo, apaga tudo, acende a alta. Uma, duas, três vezes e fiquei olhando aquela lanterna traseira do corcel dele indo embora. Pegou o acesso de São José e depois de 20 horas, eu pajeando ele, o filho da puta me largou no acostamento de pneu furado e foi-se embora.quarta-feira, 28 de julho de 2010
Whiskynho de Papai
E não bebeu nunca mais. Com o cigarro foi a mesma coisa. Ele fumou um cigarro continental sem filtro e também falou, "foi o último", para nunca mais fumar. Esse era papai, nunca vi ninguém de mais opinião do que ele.terça-feira, 27 de julho de 2010
O Enxurrio

Já me falaram que as coisas mais complicadas, muitas vezes tem soluções muito simples, e nós não vemos, ou pela gravidade do problema ou porque somos burros mesmo. Eu era sócio e o auditor de uma empresa, quando resolvemos encerrá-la. Além de meu irmão tinha mais dois sócios dos quais ficamos muito amigos, e eles tinham muita confiança na gente. Mas encerramento de empresa é uma coisa muito séria e que não pode ter erros ou se corre o risco deles serem mal interpretado. Como eu era piloto e também já tinha sido calculista e esses também não podem errar, não estava preocupado com o trabalho que eu tinha feito e sim com a data da apresentação. Não me lembro dos motivos mas já tinha adiado essa apresentação por duas vezes. A reunião foi remarcada, pela terceira vez, e combinado de nos encontrarmos em Foz do Iguaçu, pois um dos sócios, queria conhecer as cataratas e a usina de Itaipu. Tudo pronto e dois dias antes pego a maior disenteria da minha vida. Não podia nem espirrar porque qualquer pressão era aliviada pelo suspiro inferior. Coisa braba mesmo. Entrei em desespero pois se adiasse mais uma vez ia ficar parecendo que eu não queria prestar contas, ou que havia algo errado e eu estava querendo tempo para consertar.
Iríamos de carro, sairia daqui de Corumbá, com meu irmão e a minha prima Laís que trabalha com a gente, e tocaria para Foz. Chegaríamos no horário marcado, já considerando todas as paradas em todos os banheiros da estrada. Tinha só um problema a resolver. Não uso papel higiênico há mais de 30 anos, primeiro porque acho a coisa mais sem higiene que existe, uma vez que não limpa, esparrama, e depois tenho uma amiga chamada hemorróidas que não me abandona jamais. Não tinha outro jeito, tinha que levar um bidê comigo. Aí que veio a idéia, simples e por isso, genial. Comprei uma bomba costal que era usado em pulverização de lavouras. Você coloca nas costas, como uma mochila, e tem uma alavanca de um lado que você bomba e faz pressão dentro do reservatório, e do outro sai uma mangueirinha, com um bico onde você regula o jato. Tinha que ser zero bala, não poderia correr o risco de socar herbicida ou pesticida no rabo. Podia ser das pequenas, e as menores eram de 5 litros, volume mais que suficiente para uma higienização mais que perfeita. O Zé até deu a idéia de colocar pétalas de rosa dentro para perfumar o meu, pelo que foi mandado tomar no dele, devidamente.
Tudo certo, pegamos o carro, tomei um remédio para tentar segurar, e deitamos cabelo. Na primeira hora já começou aquele roc roc e nada de posto. Em último caso seria no acostamento. Como por encanto passou tudo. Fiquei contente e achei que era o remédio que estava começando a fazer efeito e ao mesmo tempo lembrei que tinha que abastecer a bomba, pois tinha pensado em posto, não previ a possibilidade do acostamento. Lá pelas tantas apareceu um posto bom e, por incrível que pareça, o Zé ou Laís que quiseram parar. Era um BR bonito, limpinho, parecia que estávamos no Posto 10. Como quando um vai, vão todos, desci para fazer um pipi, mas tranqüilo. No meio do mesmo aconteceu a besteira, fui dar um punzinho e me caguei todo. Só senti aquela coisa quente e já gritei pro Zé:
- Traga a bomba costal que apareceu intrusos no meu peido.
O besta, ao invés de ir disfarçadamente, saiu desesperado do banheiro, foi ao carro pegou a bomba e voltou correndo. Umas 10 pessoas que estavam olhando se assustaram sem entender qual podia ser o tamanho dessa barata para colocar um homem daquele tamanho para correr e o que tinha naquela bomba de tão poderoso. Nem precisou da bomba pois tive que tomar banho e trocar de roupa. Não escapou nem a meia. Aí aprendi e punzinho nunca mais. Fui mais 5 vezes e a bomba funcionou que é um espetáculo. Ótimo para viagens, recomendo a todos, independente de estar ou não com enxurrio.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Casa das Sogras
Não sei como que papai com mamãe ficaram sabendo. Eu com o trator com fogo nas rodas, falei rápido que não tinha uma nuvem no céu. Ele disse que mamãe estava rezando e que ia chover. Desliguei meio sem entender já no meio das chamas. Conseguimos arrastar o trator e depois de colocá-lo em lugar seguro fomos para a sede. Começamos a nos preparar para parar o fogo antes do mesmo atingir as instalações. As casas da sede, do capataz e do consultório de atendimento médico dentário são todas de madeira. Se chegasse ali, com a ventania que estava, ia tudo virar cinzas. Quando o fogo chegou, queimou um chiqueirinho em minutos. Nosso vizinho, o Milton Zacaner que estava passando de volta para a cidade, quando viu nosso sufoco parou para nos ajudar, mas nada segurava as chamas. Quando já estávamos entregando os ponto, já tinha acabado a água, os abafadores tinham queimados e não tinha mais o que fazer, e tudo isso acontecendo com papai ligando a cada 15 minutos para perguntar se já tinha chovido, formou um tempo totalmente fora de época e desabou um aguaceiro por 10 minutos e apagou todo o fogo. Me lembro de um dos meus filhos abraçado comigo chorando quando o Milton Zancaner me falou:sexta-feira, 23 de julho de 2010
Jamal Wheba
Jamal Wheba foi pediatra de todos os meus filhos e agora é dos meus netos. É daquele médicos de família. Ele cuida do gurizinho, ensina a mãe o que tem que fazer e agüenta encheção de saco de pai chato. Ele tem as duas coisas mais importantes em qualquer bom profissional: conhecimento e bom senso. Morávamos em Taubaté e quando acontecia alguma coisa e ligávamos para ele, a conversa era sempre a mesma:quinta-feira, 22 de julho de 2010
Cadê Corumbá
Quando chegamos em casa, já estava cheio de gente, e o médico do Samdu atendendo Mamãe. O Angelino, da farmácia Santa Maria, me viu na rua de cabeça enfaixada e perguntou a ela o que tinha acontecido comigo. Depois de todo o sacrifício para ela ter a noticia comigo do lado, alguém deu com a língua nos dentes. Quando ela me viu já estava em uma crise nervosa e em menos de 15 minutos tinha mais gente na minha casa do que em qualquer das festas que fizemos lá. Eu presenciava meu próprio enterro. Com a quantidade de carro parado na porta e o pessoal recebendo a noticia do acidente na rua, ia para ver o corpo e topava comigo numa nice lá, e Mamãe passando mal. No final das contas, até não fiquei muito triste. Voltei com meu fusca velho que ainda não tinha sido vendido e com tudo isso, namorei mais três dias.quarta-feira, 21 de julho de 2010
Mario Baldi
terça-feira, 20 de julho de 2010
Dalvinha
Estávamos no bar Pinguim. Era um salão de sinuca, com mais de 10 mesas. O local tinha sido o salão de bailes do Corumbaense, o principal clube da cidade. Para salão de sinuca, devia ser o maior do Brasil. Tio Michel, Tontonio e eu jogando sinuca quando chega o JB com a turma dele. Quando me viu escolheu a mesa ao lado da minha. Falei ao tio Michel que achava bom a gente se mandar. Ele já me gozou e disse:
- Se vierem um por um, e sem taco, não vou precisar disso. Agora, se for pra usar arma, a minha é essa. O que vocês me dizem?segunda-feira, 19 de julho de 2010
Morcego xipófago
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Mexeu, morreu
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Tadeuzinho
O Tadeu, filho de meu irmão, nomeado em minha homenagem, tem 1,90m de altura e apesar disso é chamado de Tadeuzinho. Ele não gosta, também daquele tamanho, mas tem que se difereniar de mim e o apelido vem da época que eu era maior do que ele. Talvez devêssemos inverter agora, mas não é fácil. Pelo fato de ser o caçula foi muito mimado pelo meu irmão. Era louco por carro e começou a dirigir muito cedo. Com 5 dirigia no colo e com 10, pegava sozinho, mas tinha que ser em hora que não tivesse movimento. Então, de madrugada ele ia para a cama do Tontonio e ficava a 1cm de seu nariz e se meu irmão dava aquela abridinha de olho para ver quem chegou na cama ele já falava:quarta-feira, 14 de julho de 2010
Garçom do Saran
terça-feira, 13 de julho de 2010
O Carpinteiro
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Flavio Ovo
Estava observando ele chamar um bugiu, um macacão de uns 30 kg, que existia na fazenda. Acho que o bicho estava na mesma situação minha, preso naquele caramanchão, aguardando o tempo melhorar. Ele deitado na rede, estendia a mão pro macaco, que numa preguiça maior que a nossa, foi se aproximando arrastando os braços no chão. Eu, olhando aquilo, admirei a coragem do Ovo, pois o macacão era muito feio. Realmente tinha aquelas caras tristes característica de macacos, mas tinha também uns dentes enormes. Chegou bem perto do Flavio e quando estava embaixo do punho da rede, sem mais nem menos, deu um impulso e saltou para o mesmo. O susto que ele levou foi cômico, ele deu um grito e pulou da rede no momento que o macaco agarrou no punho desta, conseguindo ser mais rápido que o macaco. O Flavio saiu correndo e para não cair foi catando cavaco e eu firme sem rir. Quando ele se aprumou, deu uma ajeitada na roupa e aquela olhada de lado para ver se o vexame tinha passado despercebido, quando percebeu que eu tinha visto tudo. Aí virou para mim e falou:sexta-feira, 9 de julho de 2010
Betão
O praxe, começou com Laura, era sair da maternidade e ficar em São Paulo até o bichinho completar 14 dias. Nessa data era feito a primeira visita ao Dr. Jamal. Ele fazia um exame clínico completo para ver se estava tudo em ordem, sem nenhum defeito de fabricação e dava as instruções que acompanharia a criança até aos 7 anos de idade. As vacinas, as vitaminas e tudo que tomariam. Quando chegamos com Beto lá, no primeiro momento, ele olhou seus pezinhos e falou:











