Essa me foi contada pelo Zé Mauro - nosso piloto. Os técnicos da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, estavam acabando de montar sua estação metereológica na fazenda Itumirim. Era uma parafernália enorme com tudo quanto é aparelho terminado em ometro: pluviômetro, barômetro, "cacetômetro" e por aí afora. Tudo montado e me aparece um peão da fazenda, se dirige ao técnico da instalação e pergunta se aquilo tudo pode ficar ao tempo e tomar chuva. O técnico deu risadas e explicou que aquilo era uma estação metereológica. Que podia ficar ao tempo mas mesmo que não pudesse, que não tinha problemas pois ela indicava a chuva com antecedência de dias e não existia previsão para os próximos. O peão olhou desconfiado para ele e perguntou se ele não estava escutando os bugios. Que ele podia ficar certo que ia chover e naquela noite pois bugio quando grita assim é porque vem água e é coisa grossa. O técnico não deu muita bola, completou que eles estariam amanhã cedo lá para ver quem tinha razão, se quisesse até apostava, deu risadas e se recolheu. A noite desabou o maior temporal. Chuva torrencial com raio que entrava por uma janela e saia por outra e ventos de mais de 100 km por hora. Ninguém conseguiu dormir a noite toda pois o risco de voar telhados e o barulho dos trovões era coisa de fim do mundo. No dia seguinte cedo foram ver a estação metereológica e estava toda espalhada pelo pátio, num raio de mais de 100 metros. Realmente agüentava água, já vento....
O peão olhou pra cara do técnico do dia anterior e perguntou se tinha reparo, pois o que se via era um monte de ferro inox e alumínio retorcido. Para sua surpresa o mesmo respondeu:
- E precisa? Com esse monte de bugio fazendo serviço melhor que essas merdas todas aqui.
O peão que contou isso pro Zé completou com um:
- Acho que ele desanimou pois nem se lembrou da aposta.
Esse deve estar até hoje falando que "meteorologia não é fácil".
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