sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Piracicabana

Já contei que o Guilherme se casou com uma nativa, que é como os estudantes da Esalq chamavam as mulheres naturais de Piracicaba. A Ana é uma morena muito bonita, dessas de fechar o comércio e muito inteligente, formada em administração, fluente em inglês, foi até professora. Mas de mato não entendia nada. Quando veio para Corumbá para conhecer a família, eu a levei na fazenda Angico e lá ela pagou seu primeiro mico. Um galo correu atrás de uma galinha para lhe dar uma “carcada” e ela ficou apreensiva, mas quando o mesmo alcançou a galinha ela começou a gritar para o capataz para quem tinha sido recém apresentada:
- Acode que ele vai matar ela, estão brigando.
O Dorival deu uma risadinha e falou:
- Num vai não, dona. Fica tranqüila que ela grita, mas gosta.
Aí que ela se tocou do que estava acontecendo.
Na volta ela fez o segundo escândalo. Eu no asfalto e ela me manda encostar para fotografar uns veadinhos. Assustei demais, pois apesar de ter muito pelo pantanal, é raro você ver em beira de asfalto. Quando olhei era um monte de cabritos. Não me agüentei e falei:
- Que você nunca tenha visto um galo cruzar com uma galinha até aceito, mas cabrito com veado é demais, Ana.
Ela se justificou dizendo que estava meio longe.
Não falei nada, mas todos os cabritos eram pretos.

Um comentário:

  1. Estava na esperança que vc tivesse esquecido!! kkk Momentos felizes!! Ana

    ResponderExcluir