terça-feira, 18 de maio de 2010

Estória pros Netos II

Estou convencido. Já me falaram que tudo que foi bom tem o II.

Duro de Matar, Rocky, O Poderoso Chefão e agora Estória pros Netos. Como já aconteceu, fui convidado de novo a contar uma estória pros coleguinhas de meu neto em sua escola. A bem da verdade o convite para voltar lá, não foi bem pelo sucesso da primeira história, apesar dela ter sido um sucesso, mas pelo fato de ter dois netos, Felipe e Tomás que estudam na mesma escola. O primeiro convite foi do Felipe e agora do Tomás. Pra variar estou em pânico e resolvi escrever a história, essa é quase toda verdadeira.

Esse acontecido foi na fazenda Santa Anatália. Devia ser por volta de 1990. Beto estava com 14 anos e Daniel e Guilherme com 12. Tem um corixo que passa na porta da fazenda, muito lindo e um dos programas era andar de canoa por ele. Nesse dia saíram num batelão, que é uma canoa maior, o tio Gelson, que é casado com uma prima minha, e meus três filhos: o Beto, pai do Tomás, o Guilherme, pai do Felipe e o Daniel. O tio Gelson estava no remo e o Guilherme, pai do Felipinho estava com um revólver na cintura. Ele gostava de andar armado e falava que era para se defender se aparecesse algum bicho. Na canoa ia o tio Gelson, Daniel e Guilherme na popa, que é a parte de trás da canoa e o Beto na proa, que é a parte da frente. Ia tudo bem quando de repente a canoa bateu num jacaré. Bem na cabeça dele. O jacaré ficou desacordado e todos pensaram que ele tinha morrido e resolveram levar ele para a fazenda. Passaram uma corda e puxaram o bichão pra dentro do barco. E seguiram para frente com o jacaré no meio do barco. De um lado o Beto e do outro o resto do pessoal. No começo, todo mundo estava prestando atenção no jacaré mas com o tempo foram se esquecendo dele. De repente, não mais que de repente, o jacaré abriu os olhos e quando viu que estava dentro do barco, começou a andar pro lado que estava o Guilherme, que quando viu aquele bichão com uns dentes enormes, puxou o revólver e ia atirar nele. Nisso o Beto começou a gritar:

- Não atire, você vai furar a canoa, não atire - E gritava muito alto. Nisso o jacaré que estava indo em direção do Guilherme virou pro lado do Beto. Deve ter sido por causa dos gritos. Quando Beto viu que o bicho estava indo pro lado dele, mudou a ordem e começou a gritar: - ATIRA, ATIRA!! E o Guilherme não sabia o que fazer. Quando o jacaré estava em cima dele e já ia morder sua perna ele pulou dentro d'água. Dizem que ele foi tão rápido que quando tocou o pé no fundo do rio, já deu um impulso e pulou de novo pra canoa mas do outro lado do jacaré. Aí que o tio Gelson, com o remo, empurrou o jacaré pra fora da canoa. Quando prestaram atenção no Beto viram que ele estava sequinho. Foi tão rápido o pulo dele na água que nem molhou.

Juro que é verdade. Podem perguntar pro pai do Tomás ou do Felipe que eles vão se lembrar.

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