segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nota de esclarecimento

Eu já contei aqui os motivos que me levaram a escrever essas memórias em "A origem", que foi a história número 35. A de hoje é a 229 e a estou usando para fazer um esclarecimento. Tudo que está aqui escrito não é a "expressão mais pura da verdade", como gostava de dizer o meu saudoso amigo Ubirajara Sebastião de Castro, pois a mesma, ainda segundo ele, só existe em termos jurídicos e nunca filosóficos. O que esta escrito aqui são os registros feitos pela minha memória e ela, algumas vezes, pode me trair, pois os relatos são conforme os meus entendimentos e lembranças, e podem já estar deturpadas pelo tempo.

Tem coisas que parecem que eu vi e às vezes, após um trabalho investigativo, concluo que isso não era possível, pois o fato simplesmente ocorreu antes de eu ter nascido. A conclusão é que o ouvi tantas vezes que a memória auditiva se confundiu com a visual, agora plagiando o meu amigo, médico, filósofo e escritor, Alaer Garcia. Com isso quero dizer que se houve alguma história com algum personagem e ele lembra que aconteceu de uma forma diferente, quero que ele veja isso como a minha verdade, uma vez que são as MINHAS lembranças. Não me chateio de virem me falar que não foi exatamente como eu escrevi, e às vezes, até reconheço que errei em algum ponto, mas não vou ficar fazendo erratas aqui. Meus filhos, que são personagens principais desse blog, sempre me corrigem. A vez do peixe do médico eles falam que:
- O peixe morreu no ralo, nós nunca nos esqueceríamos de voltar eles para o aquário como você escreveu.
- Fomos diminuir a água da pia onde eles estavam, e não num saco plástico, outra errata sua, para facilitar a captura, quando o King num sei das quantas resolveu se suicidar e entupiu o buraco. Ele ficou com água só no corpo e a cabeça, entalada no ralo, no seco e morreu afogado. Peixe morrer afogado!!! Pode mudar algumas passagens, mas não muda o contexto. Fizeram merda.

Agora tem coisas que acontecem que complementam as lembranças e, em alguns casos vale a pena fazer o conserto. Já tinha escrito aqui sobre um pintor, amigo de papai e do qual eu não me lembrava mais do nome. Foi a história número 11 e resolvi rebatizá-lo de Dom Rafael. Papai ainda era vivo e vi que ele também já não se lembrava mais o nome do homem. Eu perguntava de era Dom Rafael e ele confirmava. Passado uns dias eu mudava para Dom Pablo e ele confirmava também e acabou que o nome do homem foi para o esquecimento.
Lembrava que tinha um prefixo e achava que era Dom e o nome era bem espanhol. Mas as coisas acontecem e vem de onde você menos espera. Depois de fazer um negócio com meu primo Ivan, ele me presenteou com uma das coisas mais bonitas que recebi nos últimos tempos. Eram dois quadros de vovô Marinho e vovó Emilia, feito em grafite e em uma moldura de madeira e prata. Estavam lá imortalizados os meus avós e num desenho muito bem feito.
Passei uma meia hora sentado em uma cadeira admirando aqueles retratos quando resolvi me aproximar e tentar ler a assinatura do autor e a data da execução do trabalho e fiquei ainda mais contente com aquele presente. Estava lá imortalizado também o nome do homem que eu tinha me esquecido e achado que, com a morte de papai, nunca mais descobriria. Os quadros foram pintados em 1954 e ao lado da data estava a assinatura do artista. La Torre. Tinha um prefixo e era bem espanhol mas estava atirando longe. Assim que a reforma da casa onde vovô morou estiver pronta, vou chamar o Ivan para ele ver onde ficou o quadro e tomar um bom vinho português com ele.

Agora, para efeito de registro, eu teria que fazer uma errata. Tinha que ser uma tabela, numa coluna iria o título da história e na outra as correções, daquele tipo, "historia tal", onde esta "Não sei o que", leia-se "Sei o que", o nome de "fulano de tal" é "sicrano de tal". Para evitar isso, que vai ser um pé no saco, pediria aos protagonistas das histórias, que nos comentários desse blog fizessem as correções. Não vou ficar chateado, pois não vou considerar como um desmentido publico e sim como uma ajuda com as histórias e para minha memória física. Agora, fora isso, vou declarar:
OU CORRIGAM-ME DESSA FORMA OU CALEM-SE PARA SEMPRE. (foda escrever, nesse iPhone, tudo em letra maiúscula. Não vai mudar, hein Laurinha!.)

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