Papai gostava de falar que o tempo era inexorável, e o que você fazia estava relacionado com a velocidade com que ele passava, mas passava sempre. Meia hora podia ser uma eternidade ou um átimo (ele também gostava dessa palavra) de tempo, dependendo se você estava numa cadeira de dentista com aquele motorzinho te torturando ou comendo um bom bacalhau acompanhado com um vinho português. Era a filosofia dele e de repente extrapolava para a matemática e ai vinha dizendo que essa devia ser a tal da Teoria da Relatividade do Xará dele, o tal do Alberto Einstein.
Hoje vejo que tudo é relativo, não só o tempo. Outro dia me pegaram para assinar uma rifa para o asilo São Jose, daquelas que você escolhe um nome e ganha aquele que acertou o escondido na folha. Em uma rápida olhada vi que tinha 20 linhas e dez colunas. As chances para uma única escolha era de 1 para 200. Demais. Assinei para ajudar o asilo e porque era a Lucy que estava passando a lista, o braço direito de Mamãe, presidente da entidade, e nunca conferi. 1:200 era demais. Não passou mais de um mês e minha nora grávida foi para um exame mais detalhado, pois o ultra-som acusou que o feto poderia ter problemas e as chances eram de 1:186. Ai o bicho pegou e o 1:186 virou uma coisa quase certa. Ninguém dormia mais e quando olhava as outras estatísticas via a coisa mais preta ainda. 1:186 passou a ser a "quase certeza absoluta", como dizia o meu veterinário mor, Dr. Marcio Ribeiro da Silva. Graças a Deus deu tudo certo e os riscos foram afastados.
A possibilidade existe de acordo com os números e eles são frios, nós é que não somos. Quando fui operar minha vesícula, há algumas semanas atrás, não queria saber de estatística nenhuma, pois o risco era baixo para quem me mostrava os números e altíssimo para quem estava com o fiofó na reta... eu! Não consigo entrar em um Air Bus e não comparar os números com os do Boing. Vou sempre "cortando agulha" quando viajo no primeiro.
Mas nunca gostei de estatística como parte da matemática. Acho que é uma maneira de corrigir a nossa ignorância. Se você tivesse todos os parâmetros para análise, a resposta seria exata. A chutação dos mesmos é que justificam as probabilidades e nossa sorte é que agora, as análises estão cada vez mais detalhadas e precisas e conseqüentemente os resultados mais exatos. Antes, numa gravidez, você tinha chances de 50% de ter um filho homem e 50% mulher. Agora já estão desenvolvendo estudos e descobrindo que o sexo da criança não é aleatório, mas depende de um monte de fatores, tipo, tempo decorrido entre a ultima menstruação e o bem bom, temperatura corporal da mulher, tesão do casal e um monte de coisas mais, já descobertas e outras a descobrir ainda e na hora em que definirem todas as variáveis que interferem nisso, vai acontecer de você medir isso tudo e em vez de ir direto para cama, primeiro introduzir isso tudo no computador e só depois falar para a companheira "e ai vamos fazer uma guriazinha" é que vai começar os preparativos para a outra introdução. Só espero que não mudem o método da concepção, pois isso é bom demais, principalmente o treinamento.
Mas não sei se com toda essa técnica a vida não vai ter mais tantas surpresas e perder um pouco de seu colorido. As coisas estão indo muito rápido e vou estar aqui para ver isso. Se Deus quiser.
Hoje vejo que tudo é relativo, não só o tempo. Outro dia me pegaram para assinar uma rifa para o asilo São Jose, daquelas que você escolhe um nome e ganha aquele que acertou o escondido na folha. Em uma rápida olhada vi que tinha 20 linhas e dez colunas. As chances para uma única escolha era de 1 para 200. Demais. Assinei para ajudar o asilo e porque era a Lucy que estava passando a lista, o braço direito de Mamãe, presidente da entidade, e nunca conferi. 1:200 era demais. Não passou mais de um mês e minha nora grávida foi para um exame mais detalhado, pois o ultra-som acusou que o feto poderia ter problemas e as chances eram de 1:186. Ai o bicho pegou e o 1:186 virou uma coisa quase certa. Ninguém dormia mais e quando olhava as outras estatísticas via a coisa mais preta ainda. 1:186 passou a ser a "quase certeza absoluta", como dizia o meu veterinário mor, Dr. Marcio Ribeiro da Silva. Graças a Deus deu tudo certo e os riscos foram afastados.
A possibilidade existe de acordo com os números e eles são frios, nós é que não somos. Quando fui operar minha vesícula, há algumas semanas atrás, não queria saber de estatística nenhuma, pois o risco era baixo para quem me mostrava os números e altíssimo para quem estava com o fiofó na reta... eu! Não consigo entrar em um Air Bus e não comparar os números com os do Boing. Vou sempre "cortando agulha" quando viajo no primeiro.
Mas nunca gostei de estatística como parte da matemática. Acho que é uma maneira de corrigir a nossa ignorância. Se você tivesse todos os parâmetros para análise, a resposta seria exata. A chutação dos mesmos é que justificam as probabilidades e nossa sorte é que agora, as análises estão cada vez mais detalhadas e precisas e conseqüentemente os resultados mais exatos. Antes, numa gravidez, você tinha chances de 50% de ter um filho homem e 50% mulher. Agora já estão desenvolvendo estudos e descobrindo que o sexo da criança não é aleatório, mas depende de um monte de fatores, tipo, tempo decorrido entre a ultima menstruação e o bem bom, temperatura corporal da mulher, tesão do casal e um monte de coisas mais, já descobertas e outras a descobrir ainda e na hora em que definirem todas as variáveis que interferem nisso, vai acontecer de você medir isso tudo e em vez de ir direto para cama, primeiro introduzir isso tudo no computador e só depois falar para a companheira "e ai vamos fazer uma guriazinha" é que vai começar os preparativos para a outra introdução. Só espero que não mudem o método da concepção, pois isso é bom demais, principalmente o treinamento.
Mas não sei se com toda essa técnica a vida não vai ter mais tantas surpresas e perder um pouco de seu colorido. As coisas estão indo muito rápido e vou estar aqui para ver isso. Se Deus quiser.
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