Tem amigos que você não esquece nunca, mesmo depois que você perde o contato. O Gerson, depois que formamos há quase 40 anos atrás, nos encontramos somente umas 5 vezes. No meu casamento, um carnaval que ele passou aqui em Corumbá, nos casamentos da minha filha e de sua filha. Mantemos pouco contato por email, mas estamos sempre sabendo um do outro. Foi um baita amigão que eu tive. Varamos muitas noites juntos fazendo projetos para a escola. No último ano, cada matéria tinha um projeto de graduação que você tinha que entregar e era a nota do último bimestre. Hoje existe uma tal de monografia que o pessoal tem que fazer. Na nossa época era variografia, pois era um para cada matéria. Tá certo que era feito em grupo e o nosso era muito bom, formado por Gerson, Ricardo, Vuru, Fausto e eu e eram projetos de uma turbina, para máquinas hidráulicas, uma ponte rolante, para máquinas de transporte e levantamento, uma caldeira para metalurgia e já não lembro mais do resto. Mas era uma coisa que começava na primeira aula do ano e terminava com a entrega do projeto pronto, na última. Tinha que ser tudo detalhado, desenhos e cálculos com memoriais descritivos. Pode parecer mentira, mas com todo esse tempo para fazer a coiseira toda, sempre terminávamos no último dia e na última hora, e isso após passar a noite em claro, tomando uns rebites, um tal de "reativam", que o Ricardo conseguia comprar na farmácia sem receita médica.
No meu casamento, estava programada uma grande festa e o Gerson foi o único amigo que despencou de São Paulo para assistir ao meu enforcamento e a última noite de solteiro nós passamos juntos. Eu num nervoso só, pois não sabia de casaria no dia seguinte, pois uma tia muito chegada de Bea estava internada no Rio e passando muito mal. Estava meio que acertado que o casamento seria adiado, pois meus sogros tinham medo de ela vir a falecer na hora da cerimônia e seria aquele transtorno todo. Fomos dormir tristonhos, pois além de gostarmos muito dela era um dia muito especial para nós e o Gerson foi o companheiro nessa hora difícil. No dia seguinte cedo fomos para casa de Beá para ter notícias e quando me viram de camisetas e calças jeans quase que enfartaram. A tia Vanilda tinha melhorado e resolveram manter a data do casamento naquele dia, só esqueceram de avisar o noivo. Voltamos a galope para casa para tomar banho, fazer barba e colocar o terno da execução e foi o Gerson quem deu o nó da minha gravata. Lembro-me dele brincando que estava dando o laço no presente de Beá e eu dizendo que era o nó da forca.
A última vez que estivemos juntos foi no casamento de sua filha. Muito chique, ela casou com um empresário no ramo das telecomunicações e lá conheci a Luciana Gimenez. Conheci assim, deixei ela passar na minha frente na fila de cumprimentos. Estava linda em um vestido decotado de matar qualquer cristão normal. Levei uns bons beliscões de Beá, que no fim concordou que era impossível não olhar para uma mulher daquele tamanho, tão alta, com um decote tão baixo. Mas o detalhe da festa foi Beá que, quando viu o chiquê das coisas, resolveu tirar os óculos. Eu tinha que irradiar o que ela estava comendo e isso sem conhecer absolutamente nada do que estavam servindo. Eram uns canapés não identificados, gostosos, mas totalmente diferentes do que estávamos acostumados.
Foi muito legal ver o Gerson, seu Jamir e dona Francis, seus pais e o irmão que não víamos desde a época da nossa formatura. Fiquei muito contente de ver que eles se lembravam de mim e da nossa época de estudos e foi minha despedida da sua mãe. Algum tempo depois ficamos sabendo de seu falecimento. Conversei muito com seu Jamir, na casa dos 85 anos, e ele me mostrou que precisamos saber envelhecer. Comparou a vida como a de um jardineiro que passa a maior parte de seu tempo plantando flores e tem o momento de parar para ver sua beleza e sentir seu perfume. Falou isso olhando para seus filhos e para a neta que estava casando. Não podia esperar outra coisa do pai do Gerson. Pelos frutos você conhece as árvores e ele foi um ótimo jardineiro. Nós, sessentões, precisamos conviver com pessoas mais velhas e bem resolvidas e ver que toda a idade tem seus momentos felizes.
No seu último e-mail o Gerson me convidou para ir a Itu visitá-lo e eu não respondi, mas tenho certeza que 2011 não vai passar sem que façamos isso. De repente até reencontro a Luciana Gimenez, né Dona Beá.
No meu casamento, estava programada uma grande festa e o Gerson foi o único amigo que despencou de São Paulo para assistir ao meu enforcamento e a última noite de solteiro nós passamos juntos. Eu num nervoso só, pois não sabia de casaria no dia seguinte, pois uma tia muito chegada de Bea estava internada no Rio e passando muito mal. Estava meio que acertado que o casamento seria adiado, pois meus sogros tinham medo de ela vir a falecer na hora da cerimônia e seria aquele transtorno todo. Fomos dormir tristonhos, pois além de gostarmos muito dela era um dia muito especial para nós e o Gerson foi o companheiro nessa hora difícil. No dia seguinte cedo fomos para casa de Beá para ter notícias e quando me viram de camisetas e calças jeans quase que enfartaram. A tia Vanilda tinha melhorado e resolveram manter a data do casamento naquele dia, só esqueceram de avisar o noivo. Voltamos a galope para casa para tomar banho, fazer barba e colocar o terno da execução e foi o Gerson quem deu o nó da minha gravata. Lembro-me dele brincando que estava dando o laço no presente de Beá e eu dizendo que era o nó da forca.
A última vez que estivemos juntos foi no casamento de sua filha. Muito chique, ela casou com um empresário no ramo das telecomunicações e lá conheci a Luciana Gimenez. Conheci assim, deixei ela passar na minha frente na fila de cumprimentos. Estava linda em um vestido decotado de matar qualquer cristão normal. Levei uns bons beliscões de Beá, que no fim concordou que era impossível não olhar para uma mulher daquele tamanho, tão alta, com um decote tão baixo. Mas o detalhe da festa foi Beá que, quando viu o chiquê das coisas, resolveu tirar os óculos. Eu tinha que irradiar o que ela estava comendo e isso sem conhecer absolutamente nada do que estavam servindo. Eram uns canapés não identificados, gostosos, mas totalmente diferentes do que estávamos acostumados.
Foi muito legal ver o Gerson, seu Jamir e dona Francis, seus pais e o irmão que não víamos desde a época da nossa formatura. Fiquei muito contente de ver que eles se lembravam de mim e da nossa época de estudos e foi minha despedida da sua mãe. Algum tempo depois ficamos sabendo de seu falecimento. Conversei muito com seu Jamir, na casa dos 85 anos, e ele me mostrou que precisamos saber envelhecer. Comparou a vida como a de um jardineiro que passa a maior parte de seu tempo plantando flores e tem o momento de parar para ver sua beleza e sentir seu perfume. Falou isso olhando para seus filhos e para a neta que estava casando. Não podia esperar outra coisa do pai do Gerson. Pelos frutos você conhece as árvores e ele foi um ótimo jardineiro. Nós, sessentões, precisamos conviver com pessoas mais velhas e bem resolvidas e ver que toda a idade tem seus momentos felizes.
No seu último e-mail o Gerson me convidou para ir a Itu visitá-lo e eu não respondi, mas tenho certeza que 2011 não vai passar sem que façamos isso. De repente até reencontro a Luciana Gimenez, né Dona Beá.
Espero que não, pois competir com Luciana Gimenez, como voce diz....
ResponderExcluirNão é facil!!!!!!
ADOREIIII - Belo relato de amizade e companherismo... Realmente a familia de Corumbá é muito especial em nossas vidas !!
ResponderExcluirParabéns pelo Blog.
Sucesso a todos e saudades.
Glenda Lyra Tognini.
Estou cada vez mais gostando dessas histórias, essa foi massa e o seu jeito de contar é muito engraçado, gostei do velho da próstata rsss. Conheci esse blog graças a história de Dr Antonio Carlos Lopes que acabou de passar no Jô Soares...
ResponderExcluirTio Tadeu,
ResponderExcluirME bateu uma saudade agora e acabei vendo o seu relato e o seu blog novamente.....
Muitas saudades......
Manda um beijo a familia.....
Glenda Lyra Tognini