Já falei do Tony Martinez em outras histórias aqui, mas nenhuma específica, e ele merece isso, pois é um dos caras mais engraçados que conheço. Foi quem comprou o Baron para gente e é um cara cheio de histórias. Uma delas é da época em que ele era corretor de fazendas e foi levar um interessado para ver uma terra perto de Cuiabá. O acesso era por terra e ele pegou o comprador bem cedinho e ficaram de tomar o café da manhã em um posto de serviços de estrada logo na saída. Como acordou atrasado, para não falhar com o cliente, pulou o número 2, que era seu costume logo cedo. No café da manhã, o companheiro resolveu comer uma perna de frango e na hora que ele levou aquilo à boca, o Tony com aquela vontade reprimida, resolveu dar um peidinho. A descrição do mesmo é impossível de ser feita, mas vou tentar. É daqueles silenciosos, de volume mínimo, em que o rabicho faz um beicinho e solta. Coisa imperceptível que até deixa dúvidas se realmente saiu alguma coisa, dúvida essa que demora muito pouco tempo, pois é dirimida imediatamente por aquele cheiro inconfundível e insuportável. O cara deu uma cheiradinha no frango e como era um sujeito muito fino, não fez nenhum comentário, só jogou o salgado no lixo e o Tony firme, morrendo de medo do cara descobrir de onde vinha o cheiro fétido. Preferiu ficar com a culpa de não saber escolher um posto decente para o café da manha.
Passaram o dia todo visitando a fazenda, andaram a cavalo para ver os pastos, visitaram todas as instalações e ele, de tão entretido, esqueceu do número 2. Já no escurecer pegaram a camionete e tomaram o rumo de casa. Foi só entrar no carro e já começou o roc roc de novo e ele foi agüentando firme quando sentiu que não ia agüentar. Tinha que aliviar a pressão pelo menos ou acabaria cagando nas calças. Abriu os vidros e libertou o prisioneiro, mas segundo ele, foi igual ao primeiro, uma coisinha de nada. Já o cheiro, se o primeiro foi a "little boy", o segundo foi o "fat man". Algo simplesmente terrível, ele não conseguia entender de onde vinha aquilo tudo, nem se tivesse comido urubu estragado com água de fossa. Tentou disfarçar, mas o cavalheiro virou para ele e disse:
- A volta esta muito mais rápida. Já estou sentindo o cheiro do frango daquele posto.
E isso sem esboçar o mais leve sorriso!
Não conseguiu vender a fazenda e acha que foi porque o cara não quis voltar para ver as partes faltantes. Coisas do destino, ou melhor, coisas do intestino.
Passaram o dia todo visitando a fazenda, andaram a cavalo para ver os pastos, visitaram todas as instalações e ele, de tão entretido, esqueceu do número 2. Já no escurecer pegaram a camionete e tomaram o rumo de casa. Foi só entrar no carro e já começou o roc roc de novo e ele foi agüentando firme quando sentiu que não ia agüentar. Tinha que aliviar a pressão pelo menos ou acabaria cagando nas calças. Abriu os vidros e libertou o prisioneiro, mas segundo ele, foi igual ao primeiro, uma coisinha de nada. Já o cheiro, se o primeiro foi a "little boy", o segundo foi o "fat man". Algo simplesmente terrível, ele não conseguia entender de onde vinha aquilo tudo, nem se tivesse comido urubu estragado com água de fossa. Tentou disfarçar, mas o cavalheiro virou para ele e disse:
- A volta esta muito mais rápida. Já estou sentindo o cheiro do frango daquele posto.
E isso sem esboçar o mais leve sorriso!
Não conseguiu vender a fazenda e acha que foi porque o cara não quis voltar para ver as partes faltantes. Coisas do destino, ou melhor, coisas do intestino.
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