segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Pro Matre Paulista.


Estava esperando o Guilherme para irmos tomar café, quando comecei a prestar atenção naquele prédio. Quantos anos já tinham se passado desde que entrei ali, ou melhor, desde quando ouvi falar dele pela primeira vez. Como sou de 1950, deve ter sido por volta de 1960, quando papai me contava sobre o parto de mamãe no meu nascimento. O Dr. Enéas, para se gabar, falava que podiam ficar tranquilos, pois ele tinha estagiado na Pro Matre Paulista. Nunca poderia ter imaginado como a Pro Matre faria parte de minha vida de uma maneira tão significativa. Uns 15 anos depois, fui acompanhar Bea no nascimento de nossa primeira filha, Laura, e aí conheci a maternidade pessoalmente. Depois, mesmo morando em Taubaté, voltamos para os partos de Beto e dos gêmeos Daniel e Guilherme. Quase quarenta atrás.
Daniel está aí firme e forte até hoje, graças a Deus e à Pro Matre, não tenho dúvidas. O pepino que teve no seu nascimento, se não fossem os recursos que havia lá... babau. Aí se passaram muitos anos, uns vinte e cinco, e veio o primeiro neto, filho de Laura – a Laura, que nasceu lá, e ali voltou para parir. Recomeçou a terceira fase. O trauma com Daniel e Guilherme foi tão grande que todos os netos, com exceção do apressadinho do Antônio Pedro, desembarcaram naquele Porto. Apesar de toda a dificuldade de transporte, já que só a Laura mora em São Paulo, as noras tinham que despencar de Corumbá – mas valeu a pena. Sabíamos que, numa encrenca, estaríamos no lugar certo para sairmos dela. Mas graças a Deus, até agora, treze netos e doze partos depois, tudo correu às mil maravilhas. O último, ou melhor, os três últimos, já vieram de lote. Passamos o ano novo dentro da maternidade tomando champanhe. Guilherme e Beto quase fecharam as portas para serem atendidos. O Miguel nasceu no dia 29 de dezembro e João e Gabriel, gêmeos, no dia 1 de janeiro de 2012.
E como meu sábio pai falava que a história sempre se repete, os gêmeos, como o pai e o tio, foram para a UTI. Graças a Deus, estávamos na Pro Matre novamente. Não vou negar, fiquei preocupado, me veio à lembrança o passado de quase trinta e seis anos atrás; mas correu tudo super bem. A Paty, que estava internada lá, não conseguiria ir para a antessala de parto, acompanhar o da Ana – mas deu tanta sorte que ela  teve alta no dia do nascimento dos gêmeos, saiu por uma porta como paciente com alta e entrou pela mesma como visitante. Acompanhamos a chegada dos dois com Miguel na sala de espera. Foram três boludos de uma única vez.
Parece que a fabricação de netos parou por aí, não sei não... mas como estamos muito bem de saúde, tanto eu como a Pro Matre, talvez nos reencontremos no desembarque da próxima geração. Quem sabe!

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