segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Inesperado 2


Ele, com uma mão, apertava aquela bolinha no braço de uma maneira irritante. Comecei a prestar atenção no fato e verifiquei que era um pequeno cisto, desses do tipo sebáceo, mas com uma saliência para fora da pele, tipo essas verrugas brancas. Na hora me assustei e falei: 
– Beto, tem que ver esse negócio aí no braço. Não pode ficar brincando desse jeito, que pode virar coisa séria. Orra meu, você tem 35 anos e tenho que ficar te cuidando ainda?
Acho que dei uma assustada nele, pois falou com o Dr. Sami, que resolveu operar e retirar a bolinha. Na hora da cirurgia, a bola sumiu.
Uns quinze dias depois, ela reapareceu e começou a crescer. Aí já era uma coisa mais dura. Nova cirurgia, e dessa vez com um corte e remoção de tecido bem maior. Achou o cisto e o removeu, e, para garantia, mandou para Campo Grande para analisar o material. Já não gostei muito, mas ele me disse que era procedimento padrão. Quando veio o resultado, quase nos matou de susto. Um nome complicado, mas que indicava um tumor – e dos ruins. De bom tinha que foi totalmente removido e que, dificilmente, voltaria. Como difícil não é sinônimo de nunca, entramos em pânico. O medo aumentou quando ligamos para o Antonio Carlos Lopes e ele falou para o guri pegar a lâmina e mandar para São Paulo. Para confirmar, perguntamos se era para mandar o guri ou a lâmina, e ele respondeu: "Os dois". O medo virou pavor. Foi uma semana de angústia misturada com expectativa, e aquela sensação de "agora fodeu" que só quem passou por isso consegue entender. Quando eu queria acalmar a Bea, ou vice-versa (e o vice-versa era mais constante), logo lembrava que aquela coisa cresceu muito rápido, de uma hora para outra, e aí vinha o pânico novamente. Num dos telefonemas para o Antonio Carlos, quando registramos o fato de que cresceu muito rápido para ver se ele nos acalmava, só falou que não tinha o que fazer antes do resultado das análises de lâmina, e que ele estava no melhor lugar para enfrentar o que fosse – piorando um pouco o nosso nervosismo. Restava esperar e rezar. Passamos esses sete dias aguardando os resultados do re-exame da lâmina nos laboratórios do Einstein. Era 22 de dezembro e estávamos a três dias do natal, quando Bea recebeu uma mensagem pelo celular do Doutor, que transcrevo abaixo:
"O resultado mostrou lesão benigna. Nem tudo que cresce é malígno.
Parabéns. Feliz festas."
Foi o melhor presente de Natal da minha vida. Só depois que reli a mensagem que percebi a malícia da notícia para Bea, e foi motivo de gozação por período igual ao da preocupação. Passamos por mais essa, e bem, graças a Deus – mas, com certeza, não foi fácil.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O blefe


Sou um cara de sorte até quanto tenho azar. Tinha acabado de receber o primeiro salário de minha vida, como estagiário do terceiro ano de engenharia na Hyster do Brasil, quando fui para a casa de meu amigo Ricardo Ravioli e o encontrei com seu irmão e mais uns colegas, jogando pôquer. Em cinco minutos, me explicaram as regras e entrei no jogo. Estava com a grana e queria dobrar aquilo em pouco tempo. Era bom em estatística, conhecia a teoria das probabilidades como ninguém, analisei as chances de sair duas quadras ou trincas ao mesmo tempo, enquanto me explicavam quem ganhava de quem. Já estava quase não participando daquela barbada, com pena dos adversários. O jogo começou às 20h, horário de Brasília, e às 23h eu não tinha mais um puto no bolso. Não acreditaram em nenhum blefe meu. A revolta era tão grande que eu não conseguia nem decifrar com o quê: se comigo mesmo, se com a merda da matemática e suas teorias, ou se com o veado do Ravioli que me colocou naquela fria. No começo só entrava no jogo quanto tinha pelos menos dois pares e alto, e parece que quando saía para mim vinha a porra de uma trinca para um deles. Quando vinha algo muito bom na minha mão, nao vinha nada na deles e todos corriam. Era como se fosse pôquer aberto, mas só as cinco cartas para eles; e fechado para mim.
Tinha esquecido do componente mais importante nesse jogo: o Blefe.
Com isso, eu nunca mais sentei em uma mesa de cartas na vida, nem nas raras vezes em que entrei num cassino. Fiquei que nem aquelas mulheres que depois de estupradas perdem o tesão. Foi uma vacina super eficiente contra o jogo, que já levou fortunas de um sem-números de conhecidos. Além dessa vantagem financeira, isso me mostrou também que não sou bom com mentiras. Fico vermelho, os lábios tremem, boca seca e não sei mais o quê: mesmo quem não me conhece percebe.
Mas teve uma vez em que fui obrigado a blefar – e grande. Trabalhava em uma empresa e éramos só eu e o construtor de um equipamento, uma vez que o projeto era fornecido pelo cliente. Eu era calculista e por isso não tinha nenhuma participação, até que foram solicitados uns parafusos super resistentes que a fábrica não conseguia fazer. Pediram que eu calculasse qual era o esforço para poderem diminuir a resistência do material do parafuso; e, com o novo calculo na mão, pedir autorização para o cliente. Tive que fazer os cálculos do equipamento inteiro para determinar a força a que eles estavam submetidos, e percebi que tinha algo errado, pois mesmo com a resistência solicitada eles romperiam. Quando informamos isso ao cliente, ao invés de nos agradecer por acharmos um erro nos seus cálculos, ficaram putos, não concordaram com meus cálculos e mandaram nos concentrar em fazer a nossa parte e fabricar a porra dos parafusos com uma característica que nem a NASA conseguiria.
Depois de varias tentativas, mandaram que aumentássemos o diâmetro dos parafusos e o custo do alargamento de todos os furos que já estavam prontos seriam debitados à nossa empresa. Como era furo pra cacete e o equipamento já estava na obra, essa operação custaria alguns milhões de cruzeiros. A reunião para definir o novo cronograma, quem arcaria com os custos e até o lucro cessante que estava entrando nos cálculos, foi marcada quando meu chefe estava de férias, e era eu quem o estava substituindo. Pensei que ia entrar na maior furada da minha vida e fui para a reunião. Na pasta, todos os cálculos mostravam que o deles estava errado; e, comigo, os dois responsáveis pela metalurgia, grandes especialistas, apesar de não terem conseguido atingir as características necessárias para o parafuso.
Fiquei quieto no início da reunião, pois não sabia que atitude tomar – e foi a sorte. O cliente já começou mostrando os custos com que teríamos que arcar para a troca de todos os parafusos por um de diâmetro maior, e já estava definindo que nós éramos os únicos culpados, pois assumimos algo que não conseguimos realizar.
Tentei interromper a explanação do representante do cliente umas dez vezes, e em todas elas respondiam que eu devia esperar ele terminar, e aí poderia falar o que quisesse. Quando ele me cedeu a palavra, retirei o parafuso da mala e falei:
– Mandem testar. Está dentro das suas especificações. Se você deixasse eu começar, não teríamos perdido esse tempo todo discutindo responsabilidades. Mudaram o tratamento térmico do aço e conseguiram atingir os valores especificados. Podemos encerrar por aqui.
Fui me levantando e não sei como estava a minha cara, mas a voz não tremeu nenhuma vez. Quando olhei para os meus companheiros, estavam todos de cabeça baixa, e pareciam petrificados. Meu blefe aumentou quando me voltei para eles e falei:
– Não sejam tímidos, esse feito de vocês vai para a história.
Eu tinha que justificar a cara de bundão dos dois. Deviam ser ruins de pôquer também.
O coração quase parou quando vi a expressão no rosto de todos da reunião. Era uma expressão, assim, de... "Agora fodeu!" Tiveram que reconhecer que eles estavam errados e que teríamos que trocar os parafusos de qualquer jeito, só que agora com todos os custos por conta deles – e, o pior, assumiram que eu estava certo desde a primeira vez. A coisa se inverteu de uma tal maneira que até multa por atraso nos pagamentos nós cobramos. Iam experimentar do próprio veneno.
Lembrei do meu primeiro jogo de pôquer. Sem nenhum jogo na mão e fazendo cara de quem tinha um "royal street flash", mas agora tinham acreditado. Foi o maior blefe da minha vida. Eu tinha o parafuso guardado até pouco tempo, pois tive que levá-lo para não deixar a prova do blefe exposta – igualzinho no pôquer, em que você joga as cartas no monte quando o adversário não paga para vê-las.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O inesperado


Inesperado é aquilo que acontece de uma maneira diferente da lógica. Você está preparado para uma coisa e vem outra totalmente diferente, dando uns puta sustos na gente. Ao longo dos meus 62 anos, tive vários inesperados na minha vida. São as surpresas, nem todas agradáveis. As mais marcantes, vou deixar registradas aqui.
Teve a vez em que eu estava saindo de casa com o carro e parei em frente ao portão para fechá-lo; é um portão eletrônico, do tipo que abre e fecha deslizando para cima enquanto gira em torno de um eixo horizontal. Ele, aberto, fica em uma posição horizontal e invade a calçada, mas em uma altura que não atrapalha quem passa. Para completar a cena, tinha também um cachorro rottweiler, o Paco, super ensinado, mas brabo pra caramba. Ele não saía sozinho de casa por nada, mesmo se todas as portas estivessem escancaradas, e não mexia com ninguém que passasse na rua, desde que a pessoa não encostasse na grade: pois aí ele ia querer jantar o cara. Quando acionei o controle para fechar o portão, não percebi que uma senhora de idade avançada entrou na área de basculação, e à medida em que o portão foi fechando, foi também recolhendo a velha para dentro de casa, pois senão pegaria em sua cabeça. O cuidado, que sempre recomendei para todos, eu não tive. Na hora gelei, quase me caguei todo, eu e a velha: pois o Paco estava sentado na entrada da garagem e pensei que fosse sair direto na garganta dela. No nervoso, não conseguia inverter a porra do comando e o portão acabou se fechando totalmente. O Paco e a velha ficaram se olhando sem que ninguém fizesse o menor movimento, até que consegui abrir o portão e descer meio correndo para acudir a senhora, agradecendo a todos os santos pelo inesperado fato do Paco ter ficado quieto. 
Esse foi o primeiro. O segundo veio como resposta ao meu pedido de mil desculpas para a velhinha. Ela olhou bem para mim, no fundo dos meus olhos, e quando achei que fosse desmaiar ou se cagar toda, ela me falou:
– Meu filho, você não quer ir para Puta que Pariu, não?
Apesar do choque, a porra da velha me parecia tão fina, o nervoso misturou com o alívio e, querendo ser gentil, respondi, sem perceber a dubiedade da resposta:
– Vou sim, mas queria dar uma carona para a senhora.
Acho que ela não entendeu meu gesto, pois respondeu que era para eu ir sozinho.
Teve a vez que fui com o Tontonio, meu irmão, no seu exame Pré-nupcial. Antigamente tinha isso, antes do cara juntar os trapos com uma mulher, passava por uma revisão igual a dessas que se faz em carro usado antes da compra. Estávamos retornando ao médico com todos os exames feitos, e tínhamos violado os envelopes e visto os exames endereçados ao Dr. Miguel Zuppp. Ele estava super preocupado, pois seu espermograma deu uma contagem baixa e o classificou como sub-fértil pelos padrões de não sei quem. Para acalmá-lo, eu ficava brincando que ele tinha ficado de segunda época no exame de porra, mas passado direto no de merda e de mijo. Ele não achou graça nenhuma, já estava achando que não ia se casar mais, quando o médico falou:
– Fique tranquilo que isso não é nada. Deve ser alguma infecção besta que você tem na próstata e, tratando, fica tudo normal.
O inesperado veio quando ele completou:
– Se você tivesse tido uma urquite, que é a cachumba que desce para os testículos, quando jovem, aí sim, poderíamos ficar bem preocupados.
Foi como um chute no saco, só que no meu – pois quem tinha tido a urquite quando criança tinha sido eu.
As outras saem no volume 2.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Pro Matre Paulista.


Estava esperando o Guilherme para irmos tomar café, quando comecei a prestar atenção naquele prédio. Quantos anos já tinham se passado desde que entrei ali, ou melhor, desde quando ouvi falar dele pela primeira vez. Como sou de 1950, deve ter sido por volta de 1960, quando papai me contava sobre o parto de mamãe no meu nascimento. O Dr. Enéas, para se gabar, falava que podiam ficar tranquilos, pois ele tinha estagiado na Pro Matre Paulista. Nunca poderia ter imaginado como a Pro Matre faria parte de minha vida de uma maneira tão significativa. Uns 15 anos depois, fui acompanhar Bea no nascimento de nossa primeira filha, Laura, e aí conheci a maternidade pessoalmente. Depois, mesmo morando em Taubaté, voltamos para os partos de Beto e dos gêmeos Daniel e Guilherme. Quase quarenta atrás.
Daniel está aí firme e forte até hoje, graças a Deus e à Pro Matre, não tenho dúvidas. O pepino que teve no seu nascimento, se não fossem os recursos que havia lá... babau. Aí se passaram muitos anos, uns vinte e cinco, e veio o primeiro neto, filho de Laura – a Laura, que nasceu lá, e ali voltou para parir. Recomeçou a terceira fase. O trauma com Daniel e Guilherme foi tão grande que todos os netos, com exceção do apressadinho do Antônio Pedro, desembarcaram naquele Porto. Apesar de toda a dificuldade de transporte, já que só a Laura mora em São Paulo, as noras tinham que despencar de Corumbá – mas valeu a pena. Sabíamos que, numa encrenca, estaríamos no lugar certo para sairmos dela. Mas graças a Deus, até agora, treze netos e doze partos depois, tudo correu às mil maravilhas. O último, ou melhor, os três últimos, já vieram de lote. Passamos o ano novo dentro da maternidade tomando champanhe. Guilherme e Beto quase fecharam as portas para serem atendidos. O Miguel nasceu no dia 29 de dezembro e João e Gabriel, gêmeos, no dia 1 de janeiro de 2012.
E como meu sábio pai falava que a história sempre se repete, os gêmeos, como o pai e o tio, foram para a UTI. Graças a Deus, estávamos na Pro Matre novamente. Não vou negar, fiquei preocupado, me veio à lembrança o passado de quase trinta e seis anos atrás; mas correu tudo super bem. A Paty, que estava internada lá, não conseguiria ir para a antessala de parto, acompanhar o da Ana – mas deu tanta sorte que ela  teve alta no dia do nascimento dos gêmeos, saiu por uma porta como paciente com alta e entrou pela mesma como visitante. Acompanhamos a chegada dos dois com Miguel na sala de espera. Foram três boludos de uma única vez.
Parece que a fabricação de netos parou por aí, não sei não... mas como estamos muito bem de saúde, tanto eu como a Pro Matre, talvez nos reencontremos no desembarque da próxima geração. Quem sabe!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Burrices.


Com o passar dos anos você vai acumulando um repertório de burrices ouvidas; são tantas, que resolvi catalogá-las. Como o interessante é o fato, vou citar somente o cargo da pessoa que a falou, pois isso faz parte do cenário, mas não vou dar nomes aos bois – ou melhor, aos burros. 
Este era, simplesmente, o prefeito de Corumbá algumas décadas atrás e estava em reunião com seu secretariado, quando o de planejamento pediu a palavra e falou:
– Sr. prefeito, para fazermos um planejamento bem feito, temos que começar com um levantamento completo da cidade.
– Como vai fazer levantamento completo? Não precisa ser engenheiro para saber que quando se levanta em algum lugar, tem que se baixar em outro para conseguir a terra. Ou vai trazer tudo de fora?
Conta-se que ninguém riu nem retrucou, pois o homem era brabo e não aceitava que o contradissessem.
Do mesmo sujeito, ainda prefeito, contam que, em uma roda, alguém comentou que quando acabasse o petróleo o mundo ia parar. Ele deu a explicação mais lógica que podia:
– Lógico, todo mundo sabe que a terra gira em torno de um eixo, e esse material imaginário de que ele é feito, sem lubrificação, ingripa... e aí, ba-báu. Para de girar de repente e vai tudo pro saco.
Essa eu presenciei. Houve um incêndio na cidade e não tínhamos corpo de bombeiro. Para completar, era em uma livraria, com material altamente combustível. Incêndio em cidade pequena é que nem enforcamento de antigamente. Não se sabe por quê, mas todo mundo corre para assistir. O mais avançado recurso era o caminhão pipa do serviço de abastecimento de água da cidade. Todos assistindo a dança das chamas e aguardando o salvamento, os mais antigos fazendo uma corrente humana para não deixar as crianças se aproximarem do fogo, quando chegou o caminhão. Do lado do motorista, o próprio presidente da companhia, que desceu já dando ordens. Mandou um ajudante subir no telhado pelo muro, outro ficar no muro no meio do caminho, para passar a mangueira. Quando estava tudo no jeito, a ponta da mangueira uns seis metros acima do nível do tanque, ele foi e abriu a válvula. Como estava muito perto de mim, eu, olhando para cima, para a ponta da mangueira, falei:
– Você esqueceu de ligar a bomba.
Para minha surpresa, ele respondeu:
– Bomba?... que bomba? Não tem bomba nenhuma.
– Pô, meu, como a água vai chegar lá? – Não aguentei e ainda completei: – E o princípio dos vasos comunicantes?
Ele não entendeu muito bem e falou:
– Bom, se não vai sem bomba, vai no balde, porque esses vasos especiais aí a Sanemat não tem, não.
E o homem era engenheiro.
Mas a melhor ficou por conta do finado Gilberto Nazario Rodrigues. Ele trabalhava na fazenda há muitos anos e todo mundo gostava dele. Conhecia tudo de mato e era quem atendia a meninada quando iam passar as férias lá. Ele, com 70 anos, era igual a um garoto de 15, e chamado de Giba por todos. Uns médicos americanos foram conhecer o pantanal, amigos do nosso Antonio Carlos Lopes, e colocamos o Gilberto para acompanhá-los nos passeios a cavalo. Recomendamos que ele fosse só de guia e que não adiantava falar, pois eles não entenderiam nada. Dois dias depois, o Giba chegou para a gente e foi falando "stop" para todo mundo.
Quando perguntei o motivo daquilo, ele, todo garboso, respondeu que já estava conseguindo se comunicar na língua dos gringos. E, se eu não sabia, "stop" era o cumprimento deles. Não tive coragem de falar a verdade, e ele passou muito tempo dando "bom dia" para todo mundo com o "stop" dele. Velho Giba.