segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O que interessa é o produto.

Tem gente que é muito inteligente e outras por demais esforçadas. Já vi de tudo neste mundo e posso garantir que o que interessa é o produto. Fico triste quando vejo pessoas muito inteligentes não se esforçarem para achar soluções melhores para seus problemas. São aquelas pessoas que começam a sua vida estudando quase nada e passando na média, e acham isso muito bom. Vão chegar em um lugar muito aquém de onde poderiam se fossem mais esforçadas. Não vejo a menor possibilidade dessas pessoas que deixaram nome por onde passaram não terem dado tudo de si no que fizeram e de terem uma inteligência bem acima da média. Às vezes o esforço até compensa uma falta de genialidade. Estava conversando sobre isso com um amigo que começou como bancário, teve a inteligência de ver que a cidade precisava de uma companhia de seguros personalizada, se dedicou a fundo a isso e se tornou um pequeno empresário de sucesso, e sou cliente dele. Passados alguns anos, talvez muitos, ele novamente percebeu que a cidade precisava de um novo supermercado, abriu um e agora é um grande empresário de sucesso, e sou fornecedor dele. Nessa conversa que tivemos, falei a ele sobre a minha teoria do produto da inteligência pelo esforço, quando ele completou a mesma colocando um terceiro fator nessa multiplicação: a benção de Deus, que os ateus chamam de sorte. Concordei plenamente com ele e aperfeiçoei a minha formula: Sucesso = Esforço x Inteligência x Benção.

Interessante notar que nós podemos desenvolver a inteligência, mas com esforço: estudando, exercitando o cérebro. Já quanto à benção, podemos ajudar o homem ficando atento às oportunidades; mas isso necessita esforço. Agora, o esforço é a única coisa que só depende de nós mesmos. Nada me deixava mais triste do que ver um filho com dificuldades na escola e achando tempo para outras coisas que não estudar. Meu pai sempre falava que não interessa o que você faz, mas procure ser o melhor naquilo que estiver fazendo. Era a teoria do máximo esforço, na linguagem dele. Existem outras que levam ao mesmo ponto, e uma das que mais gosto é aquela: "Faltou inspiração, compense na transpiração". É incrível como as pessoas gostam de se passar por inteligentes. Tive colegas que varavam a noite estudando para uma prova, chegavam na escola com umas puta olheiras e mentiam que estavam na farra. Era a preparação do terreno para o caso de, se fossem mal na prova, passarem por vagabundos, nunca por burros. Não conseguia entender a teoria deles. Não me envergonho de dizer que se o meu produto é bom – e eu acho que é – meus principais fatores são a benção de Deus (apesar de ter sido o último a ser introduzido na minha fórmula), depois o esforço e, por último, a inteligência. Me orgulho dessa ordem. Gostaria que meus netos tivessem, com seus 10, 12 anos, essa visão que tenho com meus 62. Sei que isso é muito difícil, mas fico me esforçando para dar o CLIC e ligar essa ideia neles.

A merda é que o tempo passa muito rápido e, quando assustamos... lá se foram 50 anos.

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