Ficar
velho é uma merda, mas a alternativa é pior ainda.
É incrível como a opinião da gente vai mudando com a idade. Quando jovens temos certezas absolutas. O certo e o errado têm uma clareza cristalina, que vai se turvando com os anos, junto com o cristalino de nossos olhos (trocadilho besta!). Começamos a entender que todo fato tem versões e, de acordo com o lado, ele é contado de maneiras diferentes. Quando conhecemos uma pessoa de modos delicados e que é nosso amigo, é um sujeito fino; se é nosso inimigo, uma bichona. Cara que pega todas as mulheres: se é amigo, é pegador; inimigo... galinha.
Tem gente que fala que a História é a senhora da verdade; mas já ouvi de muitos entendidos que mesmo ela, por ser escrita pelos vencedores, tem tendências e, logicamente, elas são deturpadas. O importante é não querer conhecê-la de uma única fonte e, se você tiver que tomar atitudes baseado nelas, agir de acordo com sua consciência do momento. Não ter medo de errar, mas não ser precipitado, nem ficar parado pensando na coisa a vida toda. Conheci muitas pessoas que tinham projetos maravilhosos e nunca realizaram nenhum.
Procurar fazer o melhor de si, mas tendo consciência de que o ótimo é o maior inimigo do bom.
Lembrar que a vida é uma estrada e que, por onde você vai passando, vão ficando rastros de flores ou de mato – mas o pior é você não deixar rastro nenhum. Você não volta mais por ela, mas vai deixando marcas para os que vêm por trás.
Por exemplo: eu e Bea sempre tivemos muito em comum, mas algumas divergências: a principal era sobre o castigo de filhos. Os procedimentos eram um pouco diferentes. Quando ela pegava dois trocando tapas, já grudava os gladiadores pelas orelhas e punha ambos de castigo, sem escutar nada. Eu já queria identificar o culpado e punir só este. Nunca dava certo, e eu acabava punindo o menos inventivo e só descobrindo isso depois. Adquiri a sua mania com a célebre frase: "não quero saber, quando um não quer, dois não brigam". Racional é mais fácil; às vezes, incoerente. 2 a 1, adotei a tática. Nas minhas memórias de infância, lembro de uma briga com Tontonio, quando papai apartou e no últimos momento acertei um tapa nele. Separados, um em cada lado da mesa, fiquei gozando dele quando começou a avermelhar a marca de minha mão em seu rosto. Nesse momento ele simulou que eu tinha lhe dado um chute na canela, por baixo da mesa, e papai me executou, porque não acreditou que eu não tinha feito nada. Apanhei e saí sem almoçar.
E o pior foi ficar vendo o sorrisinho sacana, de vitorioso, no rosto do Tontonio. Às vezes uma boa mentira é mais aceita que uma verdade esquisita, e cola mais fácil. É o ruim da lógica – mas não tem nada que seja 100%, e isso é lógico.
É incrível como a opinião da gente vai mudando com a idade. Quando jovens temos certezas absolutas. O certo e o errado têm uma clareza cristalina, que vai se turvando com os anos, junto com o cristalino de nossos olhos (trocadilho besta!). Começamos a entender que todo fato tem versões e, de acordo com o lado, ele é contado de maneiras diferentes. Quando conhecemos uma pessoa de modos delicados e que é nosso amigo, é um sujeito fino; se é nosso inimigo, uma bichona. Cara que pega todas as mulheres: se é amigo, é pegador; inimigo... galinha.
Tem gente que fala que a História é a senhora da verdade; mas já ouvi de muitos entendidos que mesmo ela, por ser escrita pelos vencedores, tem tendências e, logicamente, elas são deturpadas. O importante é não querer conhecê-la de uma única fonte e, se você tiver que tomar atitudes baseado nelas, agir de acordo com sua consciência do momento. Não ter medo de errar, mas não ser precipitado, nem ficar parado pensando na coisa a vida toda. Conheci muitas pessoas que tinham projetos maravilhosos e nunca realizaram nenhum.
Procurar fazer o melhor de si, mas tendo consciência de que o ótimo é o maior inimigo do bom.
Lembrar que a vida é uma estrada e que, por onde você vai passando, vão ficando rastros de flores ou de mato – mas o pior é você não deixar rastro nenhum. Você não volta mais por ela, mas vai deixando marcas para os que vêm por trás.
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