Fiquei
um tempo sem fazer postagens novas. Culpa da minha filha e editora do blog. Com
38 anos, resolveu voltar a estudar. Um dos meus últimos post foi sobre o
Antonio Raimundo, o único engenheiro e filósofo que conheço. Parece que isso
causou inveja nela, e resolveu fazer psicologia para ser engenheira e
psicóloga. Vai ser a única que conheço também. Tem que tomar cuidado para não
ficar que nem um conhecido meu que era engenheiro civil e eletricista.
Comentavam que como civil era um bom eletricista, e como eletricista, um bom
civil – ou seja, não entendia nada de nada.
Mas tem as exceções e espero que ela seja uma delas.
Uns trinta anos atrás, em uma festa na casa de meu irmão, fui apresentado a um grande sujeito, professor Patusco, que dava aulas de matemática e computação na faculdade de Corumbá. Ficamos conversando e vendo que tínhamos muito em comum, pois ele era matemático. Como eu era calculista, começamos a conversa sobre a evolução da computação; quando, para minha surpresa, ele falou que também era músico.
– Mas, professor, o senhor usa os dois lados do cérebro, então. Já me falaram que as ciências exatas estão de um lado, esquerdo ou direito, não sei, e a parte artística de outro; e, normalmente, um se desenvolve mais do que o outro. Você é melhor em qual das duas partes? – perguntei.
Ele me olhou meio de esgueio e falou:
– Vou te confessar. Sou ruim nos dois, mas ninguém sabe.
– Para, professor, não precisa ser modesto comigo. O Zé já me falou que você é um excelente professor de matematica.
– Pois é, mas é uma técnica simples. Basta você falar só de música com os matemáticos e só de matemática com os músicos. Todos te acharão um gênio.
E deu risadas.
Cheguei a acreditar, mas com o tempo conheci melhor o Patusco e ele, realmente, é muito bom nas duas áreas. São aqueles sujeitos fora da curva. Espero que a Laura seja igual. Agora, se ela começar a conversar só de psicologia comigo e de engenharia com a Patty, é porque patuscou de vez. Vamos ver.
Mas para resolver o problema dos sem números de reclamações dizendo que eu não postava mais (depois da segunda eu perdi a conta) contrataram uma editora nova. Me sinto em tremenda desvantagem, pois ao inverso da Laura, essa editora nova me conhece desde que eu era criancinha, e eu nada sei dela. É como aqueles casamentos de antigamente, em que um já tinha visto o outro pelado e o outro não conhecia a pessoa nem de foto. Mas ela já fez uma editagem minha e gostei muito. Estou contente pois uns dois ou três sentiram a minha falta, inclusive o B. J. Patrussi. Vamos nessa.
Mas tem as exceções e espero que ela seja uma delas.
Uns trinta anos atrás, em uma festa na casa de meu irmão, fui apresentado a um grande sujeito, professor Patusco, que dava aulas de matemática e computação na faculdade de Corumbá. Ficamos conversando e vendo que tínhamos muito em comum, pois ele era matemático. Como eu era calculista, começamos a conversa sobre a evolução da computação; quando, para minha surpresa, ele falou que também era músico.
– Mas, professor, o senhor usa os dois lados do cérebro, então. Já me falaram que as ciências exatas estão de um lado, esquerdo ou direito, não sei, e a parte artística de outro; e, normalmente, um se desenvolve mais do que o outro. Você é melhor em qual das duas partes? – perguntei.
Ele me olhou meio de esgueio e falou:
– Vou te confessar. Sou ruim nos dois, mas ninguém sabe.
– Para, professor, não precisa ser modesto comigo. O Zé já me falou que você é um excelente professor de matematica.
– Pois é, mas é uma técnica simples. Basta você falar só de música com os matemáticos e só de matemática com os músicos. Todos te acharão um gênio.
E deu risadas.
Cheguei a acreditar, mas com o tempo conheci melhor o Patusco e ele, realmente, é muito bom nas duas áreas. São aqueles sujeitos fora da curva. Espero que a Laura seja igual. Agora, se ela começar a conversar só de psicologia comigo e de engenharia com a Patty, é porque patuscou de vez. Vamos ver.
Mas para resolver o problema dos sem números de reclamações dizendo que eu não postava mais (depois da segunda eu perdi a conta) contrataram uma editora nova. Me sinto em tremenda desvantagem, pois ao inverso da Laura, essa editora nova me conhece desde que eu era criancinha, e eu nada sei dela. É como aqueles casamentos de antigamente, em que um já tinha visto o outro pelado e o outro não conhecia a pessoa nem de foto. Mas ela já fez uma editagem minha e gostei muito. Estou contente pois uns dois ou três sentiram a minha falta, inclusive o B. J. Patrussi. Vamos nessa.