quinta-feira, 24 de maio de 2012

Paris 2


Estávamos na França, no "Primtemps" – que é um dos maiores shoppings que conheço – e resolvemos comprar os perfumes das velhas. O bom é que todas usam o mesmo, "Ô de Lancome". É mãe, sogra, esposa... tudo um cheiro só.
Pegamos uma vendedora francesa, cujo espanhol era igual ao nosso francês: ninguém entendia ninguém. O nome do perfume foi o mais fácil. A quantidade, meio absurda para uma única marca, já teve que ser dita pelo dedo, ou seja, o "sanque" foi substituído pela mão aberta. Mas a pérola veio com Bea: quando a francesa mostrou o perfume e ela achou que aquele era o médio, falou:
– Nooo – com o característico sinal de cabeça e soletrando em seguida – Eu quéroô ô maaisss BIGER!
Para minha surpresa, a vendedora respondeu toda sorridente:
– Oui, compris, biger!
Voltou e foi pegar os vidros grandes. Olhei para Bea, que ainda teve a coragem de me falar:
– Já estou entendendo essa língua.
Não sei a qual língua ela se referia, mas quando a mulher voltou com os vidros grandes, tive que ficar quieto. Contra fatos não há argumentos, já dizia meu velho pai.
É a globalização.

2 comentários:

  1. Tadeu,

    Que prazer enorme poder ler um pouco da vida dessa família tão bacana que eu adoro....
    Histórias que aquecem a alma, muitas vezes alagam os olhos e inspiram a Vida!

    Sou fã!

    Bjos para todos

    Ju Povoa

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  2. Mulheres quando querem sempre se fazem entender, Bea, nota dez...rsrs...Tadeu parabéns...Bjos a todos. Kiki

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